terça-feira, 19 de junho de 2012

Tão perto e ao mesmo tempo tão longe.


 20-06-2012  (  01:28 da madrugada, preciso dizer : Insônia ? )

Há tempo que não escrevo. Nem pra mim, nem pra ninguém.
      A chuva lá fora, me faz lembrar o dia em que coloquei os olhos nele. Não costumava ligar muito, nem me importava com os olhares de todos os dias. Eu me importava mesmo, era com o cara popular da escola que vivia rodeado de garotas.
       Não me lembro de exatamente como, mas ele chamou minha atenção – também não me lembro do por que. Ele era simples ( e continua sendo ) mas tinha um olhar fixamente maduro. Meio loiro, blusa de frio, calça jeans e tênis esporte. Por que eu, garota que sempre teve um fraco por skatistas, roqueiros e meninos super estilosos, estaria tendo a atenção voltada a um garoto que parecia ser “normal”. Bom, talvez ele não fosse, e por esse motivo passei a observa-lo todos os dias.
      As manhãs começaram a ser mais frias naquela época do ano. Eu ia sempre com a mesma jaqueta rasgada, preta e com uma toca cheia de pelos (não, eu não nunca gostei desta jaqueta, por causa de seus pelos). Sentia-me desconfortável nessa época, eu era a única garota ali que não parecia uma garota. Usava sempre o mesmo All star velho e se eu mudasse de tênis, era pra colocar meu Wonder horrível, que eu amava.
          Costumava rodear a escola de um lado pro outro com a minha colega. Ela sempre falou muito, sempre tinha assunto. Nós duas sabíamos que ao passar pelo meio do pátio, os olhares de dois garotos perdidos no tempo, se voltariam para nós. Sempre soube que ela (não quero revelar seu nome), era apaixonada por um garoto estranho que andava com o Steve (assim prefiro chamá-lo) que por sinal, era o garoto de quem começo a falar nessa história. Mas nunca tive a ousadia de perguntar se era verdade, afinal ela nunca me confirmou nada; soube através de sua amiga.
            Estava em casa, o sol estava mais forte naquela tarde em que cheguei da escola. Tinha mudado para meu apartamento há pouco tempo, e não tinha me acostumado ainda com a paisagem que tinha. Abri a janela, as cortinas e debrucei na janela. Logo, ele aparece na janela da frente, como quem não quer nada. Aquela era a janela do quarto de Steve, e por incrível que pareça era bem de frente a minha. Sorri disfarçadamente e olhei para o chão como quem estava observando algo. Ele me observou rapidamente e fingiu que não me viu. Achei-o até mais bonito, estava sem camisa e com o cabelo bagunçado. Talvez eu tenha esquecido de dizer que tenho um fraco por meninos cabeludos ( seja muito, ou pouco ). Ele desapareceu em meio a cortina, e fiquei ali sem reação. Não senti nada mais forte, nem um pulso no coração. Mas senti algo, algo que ainda não sei dizer o que era.
               No outro dia na escola foi a mesma coisa de todos os dias, mas era como se cada olhar, de cada dia, fosse único. Ele começou a notar que eu também olhava. Em alguns momentos eu tentava disfarçar e ria com os amigos, mas meu foco era ele e ele sabia disso.
               Passei o ano todo assim, e nada aconteceu. Mas a cada dia, ele se tornava um garoto diferente. Tinha um sorriso encantador (hoje é ainda mais), uma voz grossa, e o olhar... ah - mas que olhar.
             Como eram tristes os dias em que ele não comparecia a escola, mal sabia ele a falta que me faziam seus olhares. Enquanto dele sentia falta, por outro eu chorava. Vá entender eu, entender as mulheres.
               Bem, todos os dias em que eu o via eram dias mágicos, únicos. Vimos juntos, a chuva mais forte do ano, os acontecimentos loucos da vizinhança e simplesmente isso pra mim bastava; ou não.
          Entraram as férias, viajei pra longe e logo voltei. Já não era mais oitavo ano. Achei que toda essa bobagem acabaria, afinal de contas ele não era meu, eu não era dele. Eramos apenas conhecidos. Breve percebi que me enganei, a cena se repete até os dias de hoje, mas tudo piorou. 
            Steve não é pra mim, um conhecido. Ele agora faz parte de uma história na minha vida, ele agora é o motivo da minha insônia. Não sei exatamente o que ele quer de mim, suponho que ele tenha a mesma dúvida. 
           Steve já não me olha mais da janela todos os dias, quando me vê na escola, tenta não fixar o seu olhar ao meu. Desconfio que ele já tenha um grande amor em sua vida mesquinha (no bom sentido). Ele tem tem um carro e sai por aí, frequentou o carnaval eu acho; aquela camisa horrível que está escrita "CARNAVAL 2012" com certeza ele ganhou no evento, não compraria uma porcaria daquela. E se você está nesse momento se perguntando por que eu escrevi esse texto, bem...realmente eu não sei. 
         Meus olhos já estão começando a se fechar, agora faltam exatamente oito minutos para dar três horas da manhã e estou aqui. Steve ocupa meus pensamentos diariamente. Vocês reclamam sempre que a distância atrapalha dois corações de se encontrarem, na verdade a distância também existe quando esses corações estão próximos, mas muito próximos. Tão próximos e ao mesmo tempo, tão longe. 
       É sempre triste quando ele desce a rua na minha frente e se perde em meio a escuridão. Atrás eu venho imaginando nós dois abraçados e rindo sem parar, um beijo de despedida e um sorriso por saber que amanhã nos veríamos de novo. Mas isso não acontece. Quer saber o que acontece ? O que vai acontecer ? Então espere, espere caro leitor. Pois essa história ainda não acabou..........

 

sábado, 7 de abril de 2012

LJ ♥


Eu olho da janela e não consigo entender
Tantos deles por ai fui escolher logo você
Você me faz tão bem só de te olhar
Meus olhos já não podem mais fugir
De ti.
Não consigo entender essa vontade de te ter
Tantos que ficaram aqui fui gostar logo de você.
Eu me perco toda vez que sinto sua presença
Confundo-me como se fosse uma certeza
De que quero ter você aqui.
Eu me sinto como se você fosse pra sempre
Meu sorriso já não consegue mais ter fim
Vem aqui e me diz que vai ficar
Não me deixa ficar sem te olhar
Não precisa fingir, seja você mas esteja aqui.
Eu me perco toda vez que sinto sua presença
Confundo-me como se fosse uma certeza
De que quero ter você aqui.
Eu olho da janela e não consigo entender
Tantos deles por ai fui escolher logo você

Você me faz tão bem só de te olhar
Meus olhos já não podem mais fugir (2x)

( Composição minha ) 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O QUE ?

   
                Talvez eu seja realmente aquela garotinha infantil, com medo de tudo.
            Olho em volta e nem sempre acho que estou errada. As pessoas dizem o tempo todo que os tempos mudaram, que os jovens de hoje são piores. Mas os jovens de hoje, receberam a educação de quem? Daqueles que no passado foram jovens e tinham um pensamento diferente.   A evolução na tecnologia, a evolução mental e etc, não deveriam ser motivos para classificar tempos melhores e piores.
             Os jovens do passado passaram por coisas mais complicadas, como a ditadura. Tinham motivo para lutar e tentar mudar o que não achavam certo ( e não era ) , e faziam isso exatamente pra que hoje as coisas fossem como são.  O que não quer dizer que está tudo LINDO no Brasil e no mundo.  Os jovens brasileiros pararam de pensar? Importam-se mais com o artista bonitinho do outro lado do mundo do que com a corrupção que por sinal AINDA EXISTE?
           Ai entra a questão do meu medo, uma garota de 15 anos que não sabe o que quer ser na vida, tem algum futuro? A tanto tempo, eu venho observando o que acontece no mundo, o pensamento dos jovens de hoje que são tão diferentes do meus pensamentos ! ( Entendam como quiser )
          Não consigo me imaginar tomando conta da minha própria vida sozinha, mas eu quero.
Só não entendo, jovens mais velhos que eu não fazendo nada da vida, sem correr atrás do que realmente querem, ainda existe muita coisa errada acontecendo, mas enquanto isso, todos estão mais preocupados com o “amor” que conheceu na internet ,com o número de seguidores no twitter. Realmente dão mais atenção ao Status em redes sociais do que para os problemas do mundo.
           Ai vocês vem e me perguntam: “ O que está fazendo aqui então ? Vá correr atrás dos seus sonhos, vá tentar mudar o mundo “  Se eu pudesse realmente já teria feito o impossível. Mas ninguém da atenção a uma jovem de 15 anos, talvez estejam certos de que as garotinhas de quinze anos sofrem por amor e são “chatinhas”. Confesso que já tive crises de “paixonite”, mas eu não parei minha vida por causa disso!
           Talvez você que esteja lendo isso agora, não esteja entendo NADA! Eu também não entendo. Não entendo o mundo, não entendo as pessoas, não entendo nem a mim mesma.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Felicidade ?

 
             A vida é muito mais que sonhar acordado, é muito mais que se apaixonar.
                              Dentro de mim existe uma enorme insegurança, existem medos e lágrimas. Tenho medo de decepcionar quem eu ainda nem conheci. Medo, de não ser quem eu desejo ser. Medo da vida.
                  Se tudo é tão fácil, por que justo pra mim tudo deu errado? Pior, por que justo pra mim nada acontece?
                Quando penso em enfrentar meus medos, o medo se torna meu melhor amigo e me faz acreditar que do lado dele, nada dará errado.
          São tantas pessoas, tantos casos. Tantas palavras não ditas.  E as que foram ditas, por um acaso, não deveriam.
                Nas histórias de contos de fadas, nunca mostram exatamente o que acontece depois do “Feliz Para Sempre” O que é ser feliz pra sempre?  Porque ás vezes chorar faz bem, e acalma a alma. Mas nem sempre o motivo te leva pro paraíso.
             Não gosto de sofrer, mas não entendo a felicidade. Pois pra mim ela é passageira, assim como a tristeza. Assim como o medo, a solidão. Queria saber como é ser Feliz Pra Sempre.
            A cada dia que se passa, as coisas se modificam. Inclusive nossas histórias, e sem parar, começamos a cria-las.
           Ilusão? Destrói, mas ninguém se importa. Ás vezes parece que gosto de me iludir, mas a verdade é que não sei me libertar de algo falso. Não sei me expressar, não seguro lágrimas.
         Não sei dizer, nem responder, não sei chamar, não sei procurar, só sei ouvir.